Thursday 5 February 2009

Sobre nada em tudo.

Que esses dias são aqueles dias: A arte da música parte a porta, na janela toca-me uma serenata a literatura e diante das paredes da minha memória fica perpetuado a beleza de um cena teatral fictícia em cada pincelada da tinta dos mais grandiosos pintores. E é bem assim que me perco entre a grandiosidade cultural de uma única cidade.

Pois que sim, Brasília, acima de todos os pré-conceitos concebidos antes mesmo de minha chegada aqui (isso a longos sete anos atrás), traz em seu seio maternal e jovial, de uma cidade de uns 50 e algo a magia fascinante do despontar de novos escritores. Alguns com um amor inconfundível pela própria cidade, outros tantos por um amor ao símbolos e por aí vai a 'beleza' de transportar a arte única de cada um para um rótulo. Mas claro, não posso negar que há como na maioria das localidades do mundo o aparecimento dos amadores-imitadores de escritores famosos, também não posso negar que alguns possuam em si a influência de algum movimento ou de algum escritor em específico.

Para tanto observo a minha própria pessoa, e a adimiração que nutro desde meus mais tenros anos para com Florbela Espanca e o caríssimo Casimiro de Abreu, nem me esqueço que derivo claramente de algo de um simbolismo que daria a vida por cada um de seus escritos, algo muito Rilke, mas se não fosse por isso, por esses rompantes advindos de tantos escritores, alguns que antes nem havia escutado sobre (até me aparecer apresentado por algum conhecido), eu não possuiria isto tudo que possuo como embasamento para tudo o mais que escrevo, como minha prosa-poética e a tal dita poesia.

Mas sei profundamente que devo adimiração a esses que me apareceram nos últimos dias, com seus dons inconfundíveis e a perspicácia de uniquez que ainda não havia me deparado entre os mais novos escitores (esses de livros que acabam por se tornar conhecidos), e é assim, que a Cena Amadora Letrista, da capital de Brasília tomou a realeza que antes era concedida aos grandes como os Andrades, como um tal Machado e tantos mais.

Em pé de igualdade? Pois que não.

Cada qual em si como si mesmo. Influenciado, ou não. Corrompido, ou não. Todos com seus destaques.

Enfim, concluo citando alguns desses, que a mim impressionam:
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=29784 (Alex Canuto)
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=31168 (Anita Baltazar)
http://feelingsatnight.blogspot.com/ (Lívia Araújo)
http://jornalet.blogspot.com/ (Alunos de Letras da UnB)

Mas cito apenas uma pequenez entre o vasto leque que está a se perpetuar por aqui.


obs: E para quem quiser, meus textos:
http://worldsofadaffodil.blogspot.com
e
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=47032

1 comment:

Johanna said...

Que bonito que você escreve, garoto..

Acho um tanto peculiar o modo como as pessoas passam a amar essa cidade. Chegam aqui e acham um porre, porque não conhecem e não sabem dos lugares certos. Então descobrem, exploram e gostam. Daí não tem mais jeito. A capital desse paíszinho tropical fica marcada na memória, com suas quadras organizadas e ruas com nome de coordenada de batalha naval.

Digo por experiência própia.