Tuesday 21 April 2009

Modern Love.

É aquela velha história, os tempos mudam, as pessoas mudam, tudo muda. Grande geração a nossa com suas modernidades, ou melhor, contemporaneidades. Pois é meus caros, abandonamos tudo e qualquer conservadorismo por acharmos eles tão limitados e imprecisos. Queremos o movimento, a rapidez e a velocidade a nos coagir em cubiculos.

Essa que é a honra conquistada.

E eu só penso no dito Amor Moderno e o que dele foi feito...

Nessas conversas do dia-a-dia e de noite-a-noite vejo onde foi parar o Amor Cortês e suas delícias do proibido, Amor aquele que era todo digno, todo desconhecido - 'faço-me teu criado' - É era bem por ai, em tempos longínquos que não tinham tempo. E é uma linha cronológica fumegante, em chamas, e quem me dera tais chamas serem de fênix, saberia que tudo ainda retornaria das cinzas ao essencial.
Mas não vamos na linha, não vamos nos torturar pouco a pouco, é mais divertida a velocidade, então vamos direto àquele que se tornou 'o moderno'. Era assim: 'peguei umas 7 na festa ontem', e as maravilhosas classificações de 'gostosa' e 'nossa que bundinha ela tem', e o mais divertido desse lindo Amor tão moderno é que vale o mesmo para as garotas, afinal era a Era da Igualdade.
Sim, isso mesmo: ERA.
A moda agora é 'tudo puta, tudo viado, tudo lésbica'! E eu rio disso. Dessa falta de vergonha mal organizada e mal vivênciada, mais uma tentativa de tentar interagir com aquilo que torna-se intocável pela velocidade, mais uma tenativa frustrante de querer ser parte da vida de mais alguém. Pessoas e seu medo de desaparecer por aí.
E eu me lembro quando beijar era selar algo no infinito momento, mesmo que soubesse que seria por curto tempo humano, e eu lembro como isso fica marcado na memória de pouca gente hoje. Porque, bem, a moda é pegar o que se mexe.

Esse é o novo e mais atual Amor Contemporâneo.
Seremos todos parte dele?
O que tornou-se o Beijar?

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